OTIMISMO FABRICADO

(Este post teve vários títulos. "Exausta" era um deles; "À Deriva" era outro... fiquei com a terceira opção)

Ouvindo Unsent, aqui (o clipe é um dos mais legais que já vi)

Não sou Pollyanna, aquela menina do livro que insistia em ver um lado positivo em todas as desgraças que lhe aconteciam. Não tenho esta capacidade muito menos este otimismo em mim. Digamos que, com o passar do tempo, as porradas que tomei da vida não "amaciaram a carne", nem criaram uma casca que me protege do mundo. Na verdade, sim, criou a tal casca e sim, meu senso de auto-preservação é bem alto. Mas é complicado quando estas mesmas porradas te fizeram menos doce do que você (eu) poderia ser. Então, o que fazemos?

O que acontece é que eu possuo um otimismo fabricado. Mentiroso, se você quiser. O importante é que me custa muito, mas muito mesmo ter que pensar e vibrar e esperar pelo... melhor. Cansei de tomar portada e NÃO na cara. Cansei de ter que me reerguer. "Ah, sua hora vai chegar..." <= cansei de esperar, entende? Frasesinhas de efeito do Facebook e afins são lindas, mas quando a realidade mostra a que veio, olha, é diferente. E, desculpe mundo, mas é o que tem para hoje e, na verdade, é o que tem sido por um longo tempo já.

Dai então pensamos racionalmente: temos que fazer algo diferente para conseguir resultados diferentes. Ótimo, Einstein ensinou, seguimos então. Só que muitas vezes você tem como opção desistir e aceitar a vidinha como ela é/está. Esta é a ÚNICA opção possível, acredite. "Ah, é só pensar com calma, bla bla bla". NÃO BEM, NÃO É! A única alternativa é desistir. Só que, na minha cabeça, desistir consistiria em aceitar o que vivo agora como opção. E não, não é o que eu quero. Se quisesse não estava aqui reclamando...

Ok, então temos que insistir, continuar, esperar pelo melhor, fazer nossa parte... Sim, eu sei. Só estou desabafando pelo fato de estar cansada/exausta pela insistência, continuação, esperança pelo melhor, ... EU ESTOU CANSADA!

No fundo, escrevi e escrevi para dizer apenas isto... ESTOU CANSADA. E me lembrei neste exato momento de uma frase da Stella Florence: "a questão é: quanto mais você aguenta viver à deriva?"